Crônica – Austrália

11/09/2013 12:55

G’DAY, MATE!

Essa vai ser a primeira frase que um australiano vai te dizer quando você chegar lá. O povo australiano, em termos de receptividade, é muito parecido conosco, sempre cheios de sorrisos e disposição para abraçar. Esse foi o primeiro passo para que eu me apaixonasse pela Austrália. Estudei um ano na Universidade de Sydney, pelo Programa Ciências sem Fronteiras (CsF). Na Universidade fui surpreendida pela organização e cuidado que o International Office da Universidade teve com os intercambistas, principalmente para nos explicar como a Universidade funciona e procurar estágio. A infraestrutura da UniSyd é espetacular, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, lounges e museus repletos de recursos para estimular o ensino e a aprendizagem. A arquitetura do campus é uma mistura de construções antigas, como o The Quadrangle, que lembra muito Hogwarts (é, a do Harry Potter!) e construções supermodernas como a Law School. Há váriosintercambistas de outros países, então temos oportunidade de conhecer não só australianos, mas também outras nacionalidades.

A cidade de Sydney é bem movimentada, sempre tem coisas acontecendo, SEMPRE. São festivais, exposições, comemorações todo momento, basta ficar ligado nas redes sociais que já dá para saber o que acontece naquela semana. Sydney também é cheia de pontos turísticos como Opera House e a HarbourBrigde. O Darling Harbour é bem famoso, cheio de restaurantes, bares, museus e o aquário de Sydney fica lá também. Se você ainda quiser mais atrações pode pegar um ferry boat e ir para o Taronga Zoo ou até mesmo para a famosa Manly Beach ou ainda pegar um trem e seguir até Blue Mountains, cheia de lindas paisagens e ótima para fazer trilhas. Ah, e tem o Parque Olímpico, muito legal para conhecer e também cheio de atividades. Apesar de todas as coisas boas, Sydney é uma cidade cara, o Programa CsF já está preparado para as cidades de alto custo, mesmo assim é bom saber para já ir se preparado para pagar absurdo coisa que no Brasil é preço de banana, inclusive a banana. Algumas pessoas que conheci tiveram um pouco de problema com a comida local, pois é muito influenciada pela culinária asiática. Há vários restaurantes chineses, coreanos, tailandeses e indianos pela cidade e na Universidade também, a minha dica é: mantenha a cabeça aberta e experimente, eu amei a comida tailandesa e nunca tinha provado antes. Porém, nada impede que você vá ao supermercado, compre o que você goste e cozinhe, tem o lounge para os estudantes internacionais na Universidade com mesas, puffs, piano e micro-ondas. Os australianos também adoram fazer “barbecue” na praia ou em parques, esses locais são equipados com churrasqueira, já que esta atividade é uma das favoritas dos australianos juntamente com assistir rugby, raramente passa jogo de futebol na tv.

A minha paixão pela Austrália se consolidou quando entrei em contato com a fauna australiana, que é de uma diversidade incrível. Você pode ter contato desde crocodilos, tubarões, aranhas e cobras mortais até coalas, cangurus, ornitorrincos, pinguins, peixes incrivelmente coloridos e muito muito mais. Não sou especialista nessa área, mas acho que não importa de que área você é, simplesmente é muito massa viver essa experiência.A Grande Barreira de Corais é o local que deve ser visitado para quem for para Austrália, não importa a cidade do seu edital. Ela fica na costa do estado de Queensland e é de uma beleza inexplicável. É maravilhoso.

Antes de fazer o intercâmbio pelo CsF nunca tinha saído do Brasil, ouvia sempre as pessoas dizerem que era uma experiência única e eu realmente assino embaixo. Recomendo fortemente a Universidade de Sydney em termos de ensino e pesquisa, pude passar um ano em um laboratório de pesquisa fazendo estágio. A Universidade tem um alto padrão de pesquisa e recursos não faltam. Em relação ao intercâmbio em geral, volto a afirmar que é uma experiência única e deveria ser vivenciada por todos os alunos. Crescemos profissionalmente e pessoalmente de uma maneira impensável, ganhamos independência, aprendemos uma língua nova, aprendemos a respeitar a cultura e opinião de outras pessoas e a refletir sobre a nossa própria cultura. Muitas vezes me perguntavam coisas sobre o Brasil, as quais eu nunca havia pensado e isso nos ajuda a enxergar nosso país de outra forma, as vezes melhor, as vezes pior e também nos ajuda pensar em soluções possíveis para o que não é satisfatório aqui e que pode ser trazido com o conhecimento adquirido no exterior. Enfim, a oportunidade que está sendo oferecida através do CsF é ímpar e deve ser vivenciada pelos alunos. A meu ver, perde muito quem deixa essa oportunidade passar.

Carolina Eto
Farmácia, 9ª fase
Bolsista na University of Sidney em Sidney, Austrália

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